Cristãos biblicamente fundamentados devem ser prudentes, desconfiados, dentro de um padrão santo. Eles devem desconfiar de toda e qualquer disciplina ou esquema epistemológico que empenhe autoridade exclusivista no que tange ao processo de conselhamento para problemas pessoais. Um antagonismo natural sempre tem existido entre conselheiros bíblicos e terapeutas profissionais, porque as teorias psicoterapêuticas têm passado dos limites com relação à liberdade com que têm lidado com os cuidados da alma. Os cristãos estão plenamente autorizados a olhar com desconfiança a psicologia e suas teorias, já que na elaboração de suas teorias têm explicitamente negado a veracidade da Bíblia como também tem tomado a liberdade de rejeitar a autoridade que as Escrituras têm em matéria da alma humana.
Para o conselheiro cristão, a Palavra de Deus deve ser mais que uma rede de opções interpretativas para a aceitação ou negação das declarações psicológicas; a Bíblia é o instrumento prático do qual o conselheiro deriva sua autoridade funcional e final, sendo aceito como a autoridade determinativa em antropologia. As Escrituras servem como a única fonte confiável para a terminologia do diagnóstico e do remédio usados pelo conselheiro cristão. A
Palavra de Deus possui o sistema teórico exclusivo por meio do qual os problemas da alma podem ser apropriadamente interpretados e resolvidos. Mais importante ainda, ela declara possuir autoridade exclusiva em defender a significância e propósito para a vida do ser humano. Quando colocada em justaposição com o conselho do homem, a superioridade e abrangência da Palavra de Deus é inequívoca. O propósito de Deus para a vida do homem prevalecerá. O salmista declara:
"O SENHOR desfaz o conselho das nações, anula os intentos dos povos. O conselho do SENHOR permanece para sempre, e os intentos do seu coração por todas as gerações" (Sl 33.10,11).