“E, quando se aproximava da descida do monte das Oliveiras, toda a
multidão dos discípulos passou, jubilosa, a louvar a Deus em alta voz, por
todos os milagres que tinham visto, dizendo: Bendito é o Rei que vem em
nome do Senhor! Paz no céu e glória nas maiores alturas!
Ora, alguns dos fariseus lhe disseram em
meio à multidão: Mestre, repreende os teus discípulos!
Mas ele lhes respondeu: Asseguro-vos que,
se eles se calarem, as próprias pedras clamarão”.
(Lucas 19.37 a 40)
O que é uma pedra? É um simples mineral
procedente das rochas. Com exceção das pedras
preciosas, as pedras são objetos sujos e desprezíveis que ficam espalhadas nas estradas, e por toda a terra. Esses
objetos aparentemente desprezíveis muitas vezes servem para apedrejar e
matar as pessoas. Passamos pelas pedras e às desprezamos e só achamos
interessante tê-las quando atende aos nossos caprichos.
Assim, Jesus usa esses minerais
desprezíveis em comparação com os seres humanos. Os fariseus hipócritas
querem os discípulos calem a boca, mas Jesus garante que na ausência dos
discípulos as pedras clamarão. Isto tenho visto em nossos dias. A corrupção das
religiões tem tomado tal forma que ultimamente tenho visto pedras
ambulantes falarem coisas coerentes sobre Deus e a igreja, que pode calar
a boca do mais ungido dos líderes religiosos. Se os discípulos não
pregarem que Jesus é o Senhor, às pedras vão pedir isto, clamarão por
socorro necessitando da salvação.
Aos que se acham filhos de Abraão e donos
de Deus e do monopólio da salvação, João Batista tem uma resposta dura
para ele: “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; e não
comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo
que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão”. (Mateus 3.8,9)
Deus PODE suscitar dos pagãos, dos
desprezíveis, filhos legítimos de Abraão. Não se gabe o Cristianismo
nominal por ser iluminado e conhecedor da Bíblia. Tenho certeza que no
decorrer da história Deus tem suscitado filhos de Abraão que jamais aceitaríamos
devido ao nosso preconceito.
Autor: César Francisco Raymundo