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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Não Perca Jamais a Sua Esperança!

                                        




Vença a Depressão - Não Perca Jamais a Sua Esperança!


Texto Bíblico: Lamentações 3.21-39.
A vida humana acontece no meio de uma guerra. O existir de cada um de nós é extremamente ambíguo. Há dias em que estamos efervescendo de alegria; há outros em que nos liquefazemos de tristeza. Há dias em que somos cidadãos da esperança; há dias em que habitamos as regiões mais lúgubres (tenebrosas, que indica luto) da desesperança e da infelicidade. Há dias em que somos campeões de fé; há dias em que já estamos derrotados mesmo antes da batalha. Há dias em que amanhecemos com um canto de louvor nos lábios; há dias em que amanhecemos com a boca cheia de lamuria e de murmuração. Há dia de luz; há  dia de trevas. Há dia para tudo debaixo do sol, e nenhum de nós passa a vida inteira sem se chocar as dificuldades da existência, com o sim, com o não, com o que é, com o que não é, com o quero e não posso. Todos nós nos chocamos com isso.
Essa ambigüidade às vezes instala-se em nós, e dependendo do momento, o que se cria no nosso interior é um fruto extremamente amargo, com a fisionomia da maior desesperança. A maioria de nós tem vivido de um modo ou de outro essa situação de perder a fé na vida, de esperar. Vamos ficando amadurecidos, mas algumas vezes o amadurecimento é pseudo-amadurecimento, é enrijecimento, é entorpecimento, é processo de petrificação, de embrutecimento, é situação caótica de perder a possibilidade de crer, de esperar, de empolgar, de sonhar, de ver o melhor, a libertação só vem do Senhor nosso Deus em Cristo Jesus.
Vejamos a situação do profeta Jeremias: Aflito, esmagado, cansado, oprimido, a nação acossada pelo regime estrangeiro, pela superpotência babilônica, expansionista, que estava achatando todas as esperanças humanas. A situação interna era caótica também. Os reis foram tornando-se subservientes e foi acontecendo uma perspectiva de tremenda humilhação nacional, aonde todos assumiram o fato de que eram seres humanos de segunda categoria e, portanto, servos irremediavelmente perdidos, dos senhores babilônicos.
Além disso, havia idolatria, mornidão, desesperança, afastamento de Deus, apostasia da fé, o caos familiar instalado no país. A desgraça era o “status” na vida daquelas pessoas, e de repente, o próprio Jeremias começou a deixar contagiar-se. Amanheceu sem sonhos. Dormiu sem fé. Amanheceu no dia seguinte incrédulo. Dormiu cínico. Acordou mais que cínico... apático. Dormiu a noite seguinte, morto de sentimentos.
Mas, de repente, Jeremias pára e percebe como o nervo da sua alma fora extirpado porque agora ele é insensível, nada mais o toca, vestiu-se de uma couraça interna, que é ao mesmo tempo sua proteção, seu claustro e sua prisão. Jeremias nessa situação, ao perceber esse estado de desgraça, volta-se, confronta-e a si mesmo, sacode de si todo este mofo emocional e diz: Não! Não permitirei que a minha mente seja um baú de más recordações. Não permitirei que a minha mente seja um poço de amarguras. Não vou permitir que a minha mente seja uma teia a aprisionar todo tipo de insetos malévolos que fazem zumbidos ruins, conservando-os aqui dentro de minha cabeça. A minha mente não será a memória da dor. Eu “quero trazer á memória o que me pode dar esperança”.
Esse versículo 21 é de uma grandeza extraordinária. Eu “quero trazer a memória o que me pode dar esperança”. Como estamos vivendo hoje? O que é que tem ocupado o nosso pensamento? O que tem dominado a nossa mente?  O que é que tem de alguma forma, açambarcado todas as nossas idéias? O que é que tem constituído os grandes temas dos nossos raciocínios?
Alguns de nós só temos pensado na perda, na humilhação, na frustração, no abandono, seja de esposo ou esposa, na indiferença ou na ingratidão dos filhos, no golpe que nos deu aquele a quem nós tratávamos com carinho. Alguns de nós só temos conseguido nos lembrar dos caos, e vivemos ai nessa câmara de ecos horríveis que nos vêm do passado. Podemos mudar esse quadro!
“Por que, pois, se queixa o homem vivente?” Pergunta Ele, Deus. Por que estou nessa desesperança toda? “queixe-se cada um do seu próprio pecado”. Ao invés de ficarmos com lamúrias, por que Deus não veio, chegou atrasado, não apareceu e não fez, por que estou assim, desempregado, aflito, angustiado, deprimido, abandonado? Nada! Por que você se queixa homem vivente? Você está vivo, e esse é o maior patrimônio que se pode ter. Você está consciente de si mesmo, com a carne quente, nesse mundo, com o sangue correndo nas veias e com chance de se decidir por Deus e pela vida que Deus cria já, aqui e agora. Se você quer se queixar de alguma coisa queixe-se das suas incoerências, queixe-se dos seus pecados, das discrepâncias da sua vida. Traga à memória o que lhe pode dar esperança. Eu “quero trazer à memória o que me pode dar esperança”.


Adaptado do Texto de: Pb. João Batista de Lima



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