Vença a Depressão - Não Perca Jamais a Sua Esperança!
Texto
Bíblico: Lamentações 3.21-39.

Essa
ambigüidade às vezes instala-se em nós, e dependendo do momento, o que se cria
no nosso interior é um fruto extremamente amargo, com a fisionomia da maior
desesperança. A maioria de nós tem vivido de um modo ou de outro essa situação
de perder a fé na vida, de esperar. Vamos ficando amadurecidos, mas algumas
vezes o amadurecimento é pseudo-amadurecimento, é enrijecimento, é
entorpecimento, é processo de petrificação, de embrutecimento, é situação
caótica de perder a possibilidade de crer, de esperar, de empolgar, de sonhar,
de ver o melhor, a libertação só vem do Senhor nosso Deus em Cristo Jesus.
Vejamos
a situação do profeta Jeremias: Aflito, esmagado, cansado, oprimido, a nação
acossada pelo regime estrangeiro, pela superpotência babilônica, expansionista,
que estava achatando todas as esperanças humanas. A situação interna era
caótica também. Os reis foram tornando-se subservientes e foi acontecendo uma
perspectiva de tremenda humilhação nacional, aonde todos assumiram o fato de
que eram seres humanos de segunda categoria e, portanto, servos
irremediavelmente perdidos, dos senhores babilônicos.
Além
disso, havia idolatria, mornidão, desesperança, afastamento de Deus, apostasia
da fé, o caos familiar instalado no país. A desgraça era o “status” na vida
daquelas pessoas, e de repente, o próprio Jeremias começou a deixar
contagiar-se. Amanheceu sem sonhos. Dormiu sem fé. Amanheceu no dia seguinte
incrédulo. Dormiu cínico. Acordou mais que cínico... apático. Dormiu a noite
seguinte, morto de sentimentos.
Mas,
de repente, Jeremias pára e percebe como o nervo da sua alma fora extirpado
porque agora ele é insensível, nada mais o toca, vestiu-se de uma couraça
interna, que é ao mesmo tempo sua proteção, seu claustro e sua prisão. Jeremias
nessa situação, ao perceber esse estado de desgraça, volta-se, confronta-e a si
mesmo, sacode de si todo este mofo emocional e diz: Não! Não permitirei que a
minha mente seja um baú de más recordações. Não permitirei que a minha mente
seja um poço de amarguras. Não vou permitir que a minha mente seja uma teia a
aprisionar todo tipo de insetos malévolos que fazem zumbidos ruins,
conservando-os aqui dentro de minha cabeça. A minha mente não será a memória da
dor. Eu “quero trazer á memória o que me pode dar esperança”.
Esse
versículo 21 é de uma grandeza extraordinária. Eu “quero trazer a memória o que
me pode dar esperança”. Como estamos vivendo hoje? O que é que tem ocupado o
nosso pensamento? O que tem dominado a nossa mente? O que é que tem de alguma forma, açambarcado
todas as nossas idéias? O que é que tem constituído os grandes temas dos nossos
raciocínios?
Alguns
de nós só temos pensado na perda, na humilhação, na frustração, no abandono,
seja de esposo ou esposa, na indiferença ou na ingratidão dos filhos, no golpe
que nos deu aquele a quem nós tratávamos com carinho. Alguns de nós só temos
conseguido nos lembrar dos caos, e vivemos ai nessa câmara de ecos horríveis
que nos vêm do passado. Podemos mudar esse quadro!
“Por
que, pois, se queixa o homem vivente?” Pergunta Ele, Deus. Por que estou nessa
desesperança toda? “queixe-se cada um do seu próprio pecado”. Ao invés de
ficarmos com lamúrias, por que Deus não veio, chegou atrasado, não apareceu e
não fez, por que estou assim, desempregado, aflito, angustiado, deprimido,
abandonado? Nada! Por que você se queixa homem vivente? Você está vivo, e esse
é o maior patrimônio que se pode ter. Você está consciente de si mesmo, com a
carne quente, nesse mundo, com o sangue correndo nas veias e com chance de se
decidir por Deus e pela vida que Deus cria já, aqui e agora. Se você quer se
queixar de alguma coisa queixe-se das suas incoerências, queixe-se dos seus pecados,
das discrepâncias da sua vida. Traga à memória o que lhe pode dar esperança. Eu
“quero trazer à memória o que me pode dar esperança”.
Adaptado do Texto de: Pb. João Batista de Lima
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